Abandono, Julgamento ou Compaixão por si mesmo
By Dr. Margaret Paul, translated by Ingrid FaroMarch 16, 2016
Saber como ter compaixão ao invés de ignorar ou julgar a si próprio, pode mudar totalmente seu relacionamento interior com você mesmo.
Um dos trabalhos mais importantes do Adulto-self Amoroso em nós, está na sua habilidade de trazer compaixão para si mesmo - para as suas próprias experiências, sentimentos e necessidades. No entanto, quase nunca ocorre para a maioria das pessoas que ter compaixão por si próprias também pode ser uma escolha.
Para a maioria das pessoas, o nosso Adulto-self Ferido é o responsável pelas nossa ações a maior parte do tempo. Quando sua maior prioridade é proteger-se, quando sua intenção é ter o controle de como receber amor e evitar a dor, você está operando a partir do seu adulto ferido. O adulto ferido geralmente trata a criança interior de duas maneiras: ignorando-a e julgando-a.
Quando você ignora seus sentimentos e necessidades, você está abandonando a si próprio. Você pode perceber-se tendo compaixão pelos sentimentos e necessidades dos outros, enquanto nem mesmo está ciente de si mesmo, cuidando dos outros, a fim de obter validação e esperando que os outros, então, venham atender a suas necessidades e sentimentos. Ou talvez, você não se importa nem um pouco com os sentimentos e necessidades dos outros, pressionando-os para que cuidem dos seus. A qualquer momento em que sua atenção é voltada para os outros, e que você ignora a si próprio, a sua criança interior vai sentir-se abandonada. Você pode pensar que seus sentimentos de abandono são provenientes de outros que não te tratam com amor e aprovação, mas sentir-se abandonado é consequência de ignorar a si mesmo.
Muitas vezes quando o adulto ferido não está ignorando a criança interior, ele está julgando-a. Auto-julgamento é uma forma de controle. O self ferido acredita que, se você julgar a si mesmo, você pode fazer tudo "direitinho" e, assim você receberá a atenção e a aprovação que tanto procura. O self ferido é sempre focado em obter amor, compaixão, respeito, atenção e aprovação dos outros, e usa o auto-julgamento, na esperança de tornar-se "perfeito" o suficiente para ter o controle sobre ter o que quer dos outros.
Quando nos motivamos para a intenção de aprender com a situação - quando amar a nós mesmos, e aprender sobre o que é amar, torna-se a nossa maior prioridade – nós paramos de ignorar e de julgar a nós mesmos. Ignorar e julgar não é amoroso. Quando nos damos conta disso, é quando começamos a ser capazes de sentir compaixão por nós mesmos.
Compaixão, como o amor, a paz e a alegria, não é um sentimento que é gerado no nosso corpo. Essas energias são o que Deus é. Quando a nossa intenção é aprender, nossos corações se abrem e Deus/Espírito podem entrar. A compaixão não é uma experiência que nós criamos, é uma experiência que nos tornamos receptivos a experenciar. Quando sua intenção é a de amar a si próprio, você vai começar a sentir compaixão por si mesmo.
Isto é o que a nossa criança interior realmente precisa. Quando estamos verdadeiramente em compaixão por nós mesmos, nós percebemos que não precisamos mais tentar chamar a atenção e buscar a aprovação dos outros. Quando somos capazes de ter compaixão pela nossa tristeza, dores, solidão, angústia e desamparo com relação aos outros, a nossa criança interior se sente amada - vista, reconhecida, compreendida e valorizada.
Eu percebo que quando sinto compaixão por mim mesma quando os outros estão com raiva, me culpando, distantes, carentes, e/ou tentando tirar algo de mim, eu posso facilmente descobrir qual a melhor ‘atitude amorosa’ que posso ter no momento de agir comigo mesma e com os outros. Compaixão por mim mesma traz grande clareza e uma profunda sensação de segurança. Em vez de tentar fazer com que os outros mudem para que eu possa me sentir segura; a minha segurança é proveniente de minhas próprias ações amorosas em relação a mim mesma e aos outros.
Isto pode parecer simples, mas é muito difícil se lembrar de fazer. A maioria de nós estamos tão acostumados a responder aos nossos sentimentos dolorosos de solidão e desamparo com o nosso self ferido, que esquecemos completamente de ter compaixão por nós mesmos. Eu descobri que quanto mais eu pratico compaixão por mim mesma ao longo do dia, mais eu sou capaz de lembrar de abrir-me para a compaixão quando os sentimentos dolorosos se fazem presentes.
Você não pode estar ignorando-se ou julgando a si mesmo e estar em compaixão, ao mesmo tempo. Estes são sentimentos mutuamente exclusivos. Portanto, a maneira mais rápida de sair do auto-abandono, do auto-julgamento e do ignorar a si mesmo é convidar a compaixão em seu coração. Compaixão preenche o vazio, pacifica o medo, acalma a ansiedade, alivia a depressão, cria segurança interna, e abre a porta para a paz e alegria.
Você não precisa desgastar sua energia buscando compaixão dos outros. Ela está aqui pra você, tão disponível quanto o ar que você respira. Vivemos em um oceano de amor e compaixão. Tudo que você precisa fazer é abrir seu coração para esta presença através de sua intenção de ser amoroso consigo mesmo.
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A sense of entitlement is common these days. People who feel entitled believe that they are more important than others and that their needs should come first. They are the takers. Caretakers support the takers. Caretakers believe they are not as important as others, that their needs should come last. Takers need to practice compassion for others. Caretakers need to practice compassion for themselves.
By Dr. Margaret Paul